Inclusão sem laudo

        Após a leitura da Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE penso que sim
realmente é bonito ler, só que se pensar se isso sairá do papel?

Sabe-se que muitas escolas tem alunos especiais porém sem o laudo,
 as vezes são olhados de forma diferente sem ao menos o educador saber
seu diagnóstico.Ao mesmo tempo isso vai excluindo o aluno ao invez de incluir,
pois muitas vezes o pré-julgamento vai falando mais alto.

 Salas de recursos muitas vezes são uma piada, pois atende um número limitado de
 alunos e se restringe ao 5º ano, temos muito   o que avançar quando se fala em
educação inclusiva.

Método Clínico Piagetiano

Apliquei a técnica em meu sobrinho , porém o vídeo ficou grande para eu postar aqui no blog.

O roteiro do vídeo retrata o método clinico de Piaget, aplicado com o Aluno Iohan Benitez de uma escola da rede municipal da cidade de Canoas, o mesmo possui 7 anos de idade.

Começo a aplicação do teste primeiramente saudando o meu aluno, posteriormente a esse primeiro momento explico ao mesmo sobre, que irei fazer algumas perguntas, o aluno concorda tranquilamente.

Inicio então espalhando as cartinhas coloridas a primeira cor é a verde, em seguida espalho as roxas, ambas tem 8 cartas cada uma, a partir de então iniciamos a contagem. Começo a espalhar as cartas roxas e faço o primeiro questionamento?

- Tem 8 cartas ainda?

- A parte de cima (no caso as roxas) tem mais que a parte de baixo (verde)?

O Aluno responde o seguinte.

- Tem a mesma quantidade (se trata de um aluno silábico alfabético)

Retomamos então a contagem para ver se de fato tem o mesmo número de cartas as roxas e as verdes.

Pergunto.

- Tem as mesma quantidade agora?

Ele diz

-Sim

Agora junto as cartas outrora separadas, tudo no mesmo bolo, fazendo parecer uma apenas, torno a perguntar.

- E agora, quantas eu tenho?

Ele diz

- A mesma coisa

Ainda completa dizendo

- Todos os quadradinhos estão juntos

Agora junto a outra fileira de cartas, no caso as verdes, porem junto de forma tal que fique um pouco diferente do bolo anterior (roxas) que já haviam sido juntadas.

Pergunto novamente.

- Desses dois bolos, qual tem mais cartas?

Ele responde

- Tem a mesma quantidade.

Encerro o teste e me despeço do aluno

Obs.: As transcrições em "Negrito e itálico", referem-se as falas minhas. Já as transcrições apenas em "itálico", referem-se a falas do Aluno

A sombra desta mangueira

Síntese do texto: A sombra desta mangueira – Paulo Freire

Uma palavra que marcou na leitura destas páginas foi a dialogicidade onde o autor fala que existe um diálogo invisível, prévio, em não precisamos inventar perguntas ou criar respostas, que nos enquanto educadores de forma democrática é criar o diálogo envolver nossos alunos na proposta da comunicação da troca de ideias e do interesse em ouvir o outro.

É interessante pensar o quanto Freire tem razão quando escreve sobre o diálogo entre professores x alunos, o que hoje é um desafio para os professores que tem como concorrentes a tecnologia tão abrangente onde a mídia e redes sociais chamam muito mais atenção do que um simples olho no olho. O dialogo instiga a curiosidade e a necessidade da pesquisa, ou seja, quando estou em uma roda de conversa quero estar apar do assunto para participar, caso não esteja vou me sentir deslocado, por tanto incitar e elaborar dialogo é como sermos seres criadores de pessoas epistemológicas, pessoas que vão pesquisar, vão atrás, não vão aceitar qualquer coisa, formaremos pessoas que tem opinião própria.

Transtornos globais do desenvolvimento

        Confesso que a temática do TGD é um pouco nova para mim, em minha prática diária de experiência como docente não detectei nenhum caso de autismo, mas hoje com minha experiência acadêmica consigo olhar de forma diferente para as crianças, buscando ver além do que eu estou vendo.  Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas relações sociais.

     O autismo é classificado pelo DSM-IV-TR (Associação Psiquiátrica Americana [APA], 2002) como um transtorno global do desenvolvimento, que se caracteriza pelo desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação e pela presença de um repertório marcadamente restrito de atividades e interesses.

Nosso olhar humanizado deve ser praticado diariamente sobre a vida de nossos alunos e toda comunidade que somos envolvidos.